segunda-feira, 9 de abril de 2012

O BRILHO DOS TEUS OLHOS

Não me deitarei na cama a sonhar teu
Rosto claro, imagem que não me move.
Não lançarei impropérios contra os céus;
Despautérios quando é tarde e chove.

Não te isolarei deste tempo triste,
Desta miséria que está sempre conosco.
Se os teus olhos brilham, é um brilho fosco
Se choram, sinal de que bem viste.

Amo não o que és e os teus mitos,
menos tuas palavras que os teus gritos,
Amo, e assim, sigo pedra por pedra,

Construindo a futura vereda.
As nossas repúblicas futuras.
Sem disfarces, sem dores, sem frescuras.


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