segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A NOITE DOS VAGALUMES

Tão grande é a noite sobre os arbustos-seus-vultos 
tão grande e profunda 

a noite dessa galáxia. 
no campinho de areia, 

no gramado do quintal da casa 

adormecida.
ali onde a mãe planta alfaces 

e cebolinhas,
na sombra desse outeiro, 

nos brinquedos
que são coisas grandes,
ali onde estão o cercadinho 

e o pé-de-laranja,
como pode haver essas luzinhas que voam?

Meu coração de criança cavalga ofegante
para o pé da montanha de Deus.


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