sexta-feira, 10 de abril de 2015

A BELA ADORMECIDA

Desprezo a amada que dorme.
Será por medo dela,
ou será
que não tenho coragem de acordá-la?
Dorme com o corpo quente de vontades fraternas.
Dorme.
No prazer escondido debaixo de brancos lençóis.
Suas coxas pulsam enquanto a moça dorme;
sua boca geme de prazer e de dor.
Uma moça a se molhar de sono,
desse sono que a não quero retirar.
Dorme, ficarei olhando,
e beijarei teus olhos,
levemente beijarei teus olhos,
enquanto me apronto para ir trabalhar.

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