abandonadas,
céu abandonado,
espaços de abandono,
a cor de ouro em paredes
e vidraças,
Deus é mudo,
e o universo
sua voz.
Penso que é tarde,
posso pensar,
porque o meu corpo participa
do abandonado,
e é como um cansaço,
não do esforço, do dia,
das horas.
E, talvez, nem cansaço,
uma parcela de morte,
uma melodia da lira de Orfeu.
Antibes, View of the Cap, Mistral Wind, 1888 - Paul Signac |
Lindo, como tudo que você publica. Parabéns!
ResponderExcluirDilsinha