ficamos em silêncio na tarde iluminada.
As aves do firmamento
e os animais da terra aquietaram;
apenas, nos caminhos do tempo
o embate desses meus olhos
contra os teus
e palavras nenhumas;
não te quero dizer do amor
cuja chama queima minha alma eternamente;
e digo.
Nem clamar que aplaques uma sede infinita;
e clamo.
Há água suficiente feita desse instante claro,
que é quando por uma chispa de ternura
o teu braço roça o meu braço,
o teu cheiro percorre o ar do dia.
Ainda não houve nenhuma noite
e nenhum encontro, e,
por isso,
a lágrima inaugura essa aurora.
Henri Lebasque |
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