Rosto claro, imagem que não me move.
Não lançarei impropérios contra os céus;
Despautérios, quando é tarde e chove.
Não te isolarei deste tempo triste,
Desta miséria que está sempre conosco.
Se os teus olhos brilham, é um brilho fosco,
Se choram, sinal de que bem viste.
Amo não o que és e os teus mitos,
menos tuas palavras que os teus gritos,
Amo, e assim, sigo pedra por pedra,
Construindo a futura vereda.
As nossas repúblicas futuras.
Sem disfarces, sem dores, sem frescuras.
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