Não é a mente o continente do mundo.
Que hora tão triste e que tarde sem aragem.
Os olhos redivivos miraram mais uma vez
A luz do mundo;
(Quatro dias como quatro estações)
Por trás do sudário que lhe cobria o rosto
Lázaro, sequer, chorou
Como quando, saído do ventre de sua mãe,
foi apartado daquela umbilical atadura.
Apartadas essas, agora, que lhe prendiam os pés
Caminhou insepulto
E, talvez, procurou pela voz que lhe ordenara
Que hora tão triste e que tarde sem aragem.
Os olhos redivivos miraram mais uma vez
A luz do mundo;
(Quatro dias como quatro estações)
Por trás do sudário que lhe cobria o rosto
Lázaro, sequer, chorou
Como quando, saído do ventre de sua mãe,
foi apartado daquela umbilical atadura.
Apartadas essas, agora, que lhe prendiam os pés
Caminhou insepulto
E, talvez, procurou pela voz que lhe ordenara
gravemente
Sair da gruta escura onde apodrecia
e desligar-se da morte.
Ou, então (nós não compreendemos o mundo)
Lázaro chorou copiosamente.
O cheiro das oliveiras e o deserto ao longe,
Lázaro chorou copiosamente.
O cheiro das oliveiras e o deserto ao longe,
os gritos de suas irmãs.
Retornado do ventre da terra,
Retornado do ventre da terra,
sob a luz indecifrável de um sol jamais visto,
Os olhos voltados para Jerusalém,
Lázaro chorou,
Porque a vida é um caminho sem volta.
Os olhos voltados para Jerusalém,
Lázaro chorou,
Porque a vida é um caminho sem volta.
Imagem colhida no Google |
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