Nenhuma palavra diz o mar
em seu movimento de ondas,
contra as pedras e contra a areia;
São águas sem fim
enquanto permaneço na praia,
Mas ele nada diz em seu silêncio
profundo.
Tão curta a vida e tão vasto o
mar!
Eu cruzei essas venerandas águas
para, enfim, te encontrar.
E nesse pequeno porto eu te perdi.
Nenhuma palavra das ondas,
nenhuma palavra de sal
nenhuma palavra de iodo.
E não é que eu não compreenda
sua fala estrondosa, seu possível
dialeto,
porque cedo aprendi a língua dos
peixes.
E os peixes ouviram Antônio,
mas não ouviram jamais o mar.
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