já vai alto o sol ardente demais.
um fogo que não se extingue.
A corça corre no prado verde,
e seu cheiro faz salivar o lobo faminto.
Sob o cedro, neste bosque,
sob o carvalho, neste bosque,
sob a aroeira, neste bosque,
é úmida a terra e perfumada.
(são gêmeos de gazela os teus seios) -
O lírio em seu esplendor.
As caves do vinho mais doce,
que refrescam como a sombra da tarde.
E tudo mudo,
um jardim fechado,
nem sequer um estalar de folhas,
nem os nervos a fibrilar.
Corre a água, clara como
a mesma pele alva e nua,
do regaço às coxas, como a luz,
infinitamente.
É tarde.
RUBENS, Peter Paul - 1610 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário