para Adri Aleixo
O que tenho eu contigo, mulher?
Trago os pés cansados e cobertos da areia vermelha.
Há seis talhas de pedra nesta casa,
ainda não é a minha hora.
Para o júbilo, a água, desde as entranhas da terra,
desde as alturas celestes,
é mais do que o insípido líquido e sem cor.
Quem cultiva a vinha antes do lavrador?
Quem apascenta, antes do pastor, o rebanho?
O que trazem os teus seios,
teus olhos de água?
O que tenho eu contigo, mulher?
É chegada a hora da alegria.
Os meus pés se firmam sobre a relva,
os meus cabelos se cobrem do orvalho.
Brindem os noivos, os convivas,
as taças do melhor vinho replenas.
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