sábado, 26 de maio de 2012

DA BREVIDADE DA VIDA


São duas horas da manhã, Talvez durmas... 
neste momento eu me pertenço, e assim,  
realizo em  mim uma fantasia 
a saber, 
a de que, neste momento, não pertenço a ti. 

Ainda posso sentir em  minhas mãos  
o calor e  a  maciez  de  uma mão de mulher. 
Indeterminada mulher que está, que corre, que escorre 
no meu sangue.

Resiste entre os meus dedos alguma coisa 
que é como a sensação de tocar, porém, 
mais concreta, mais viva. 
Vive em mim o toque, 
o toque branco de  mãos que se revolvem no meu 
estômago  
junto ao líquido elemento 
dessa bebida intraduzível, que eu, 
por cansaço, chamaria 
de madrugada.   
imagem colhida no google

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