sábado, 12 de maio de 2012

O COMPLÔ MUNICIPAL DE POESIA

Falta  toalha na mesa 
do complô municipal de poesia. 
A sala é por demais clara 
e os homens do complô municipal de poesia 
por demais polidos. 
Não há tristeza na sala, 
nas luzes, 
nos homens,  
não há bêbados homens 
no complô municipal de poesia. 
Sério: 
não há poesia por enquanto 
no, nem bem começado, 
complô municipal de poesia. 
A poesia ficou do lado de fora 
no subir e descer de escadas 
no bater de tamancos e 
caindo da lua; 
a rua ficou longe 
e minha tristeza é grande, 
se expande. 
Tudo o que tenho 
de poeta e de homem 
não cabe neste espaço. 
O fato se realiza, 
deslizam a falar os doutores letrados 
do complô municipal de poesia. 
Vincent Van Gogh




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