Morrer na solidão,
talvez a única eutanásia.
Nos não permitam os deuses esse acabamento,
como um velho elefante deixado para trás
pela manada indiferente,
ou que dela se afasta,
lento,
pesados passos sob o sol escaldante.
O decrépito leão
a servir de pasto às hienas,
o tigre esquálido, já mudo,
antes altivo felino.
A solidão das pradarias,
dos rios perenes.
do vento a balançar
as folhas das grandes árvores.
As imorredouras estepes verdejantes.
Padecer no silêncio.
Talvez, a verdadeira eutanásia,
o que nos deram os deuses ausentes.
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