Elegante e bela e jovem.
Há um tempo, apoiada a cabeça nos braços,
adormeceu.
É certo que está cansada.
Bem assim eu próprio,
a caminho do subúrbio
nessa composição de trem.
É muito provável que nunca mais a veja,
e é certo que a nunca vi antes,
nem neste nem em outro caminho;
neste ou nenhum outro tempo.
Dela nada quero, nada pretendo.
Já me foi dado tudo.
Esse instante de encantamento.
A juventude que passou por mim,
relâmpago,
faróis do trem no sentido contrário,
e essa despedida.
Claude Monet - La gare Saint-Lazare- - 1877 |